Fruto da falsa paz que impera nas ruas de nossa cidade, perdemos mais um fiel associado da Apvar...

PAULO CHEFIA VIOLA
Celso de Lanteuil
03/03/2011

A covardia das ruas do Rio matou o Paulinho
Paulo menino, o Chefia
Amante da música, do Rock and Roll, do Blues
Do seu guru Jimmy Hendrix

Paulo foi também aviador de pé e mão
Comandante que vestia a carenagem como quem veste as calças
Paulo era amigo da vida e leal aos seus companheiros
Nunca se omitiu nas horas que o grupo de vôo dele precisou

Lutou pela VARIG, pelo AERUS, pelo FAD
Brigou contra as injustiças
E tentou fazer do ambiente de trabalho um lugar bom para se viver
Chefia, você vai fazer muita falta nos pernoites, nas rodas musicais e nos tatames

Passamos nas aerovias algumas madrugadas acordados
Conversamos sobre a vida dos pilotos, de perdas de motores,
Sobre os politicos, politicagem, sobre o medo dos pilotos
Além de muitas divertidas histórias

Você sabia contá-las com o seu modo bem carioca e direto de ser
E nos fazia dar boas gargalhadas
Pai orgulhoso dos filhos, preocupado com os próprios pais e apaixonado pela Geuse Galera
Foi iludido como muitos de nós, por essa conversa falsa de que a paz chegou ao Rio

Lembro do Arraial na casa do Henrique onde dividimos o palco com o amigo Silvão
E, apesar do repertório progressivo não ter agradado alguns dos presentes,
nós nos divertimos muito. E foi esse o maior presente que eu recebi de você.
Diversão e alegria. Do exílio, vou tocar uma harmonica para você seguir em paz.


Jornal Zero Hora - 27/09/2009
UMA CARREIRA PARA DECOLAR
Mercado nas alturas
Quantidade de profissionais capacitados não acompanha o crescimento do tráfego aéreo no país. O apagão de pilotos levou a Anac a custear aulas práticas em diferentes regiões.

Pilotos e outras profissões relacionadas à aviação podem garantir o seu embarque no mercado de trabalho. O tráfego aéreo de passageiros cresceu 6,5% apenas no primeiro semestre deste ano ante o mesmo período de 2008, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), abrindo portas para muitas vagas.

Atualmente, são mais de 12 mil aeronaves – incluindo aviões e helicópteros civis de todas as categorias – responsáveis por transportar mais de 50 milhões de pessoas por ano no país. Mas na contramão do crescimento, faltam profissionais qualificados dispostos a seguir carreira, em terra e no ar, apontam especialistas do setor.

– Há carência principalmente de pilotos com experiência. Muitos, após a paralisação das atividades da Vasp, Transbrasil, Varig, Rio Sul, Nordeste e BRA, optaram por trabalhar no Exterior, onde salários e benefícios são mais atrativos – explica Graziella Baggio, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas.

Juliano Noman, superintendente de Serviços Aéreos da Anac, discorda. Para ele, o problema não é a falta de mão de obra, mas a dificuldade de formar gente em um curto prazo.

– Temos profissionais suficientes. Mas precisamos treinar pessoas para suportar o crescimento que esperamos para os próximos anos – pondera o superintendente.

De acordo com Noman, é possível formar técnicos entre 12 meses e 18 meses. Porém, fazer com que a carreira decole no setor da aviação nem sempre é tarefa fácil de ser executada. Os cursos são caros para todos os cargos, argumenta Graziella:

– O investimento no aprendizado é alto. E os salários não atraem mais.

Investimento na formação é expressivo

Luiz Augusto Jaborandy, 23 anos, confirma que o retorno do alto investimento para começar a carreira muitas vezes só começa a aparecer a partir do terceiro ano de profissão, como estimam também os especialistas. Em 2007, acompanhando o pai, piloto militar em viagem aos Estados Unidos, conquistou as habilitações americanas de piloto privado, privado de helicóptero, voo por instrumento, comercial (de linhas áreas e táxi aéreo) e bimotor.

– É um diferencial para a carreira. O inglês é valorizado, principalmente a linguagem técnica. Sem contar a experiência adquirida em aviões cuja tecnologia é muitas vezes superior à nossa – avalia Jaborandy

De volta a Brasília há seis meses, o estudante do curso superior de aviação civil comemora a aprovação da experiência pela Anac. Isso porque, para validar a formação americana no Brasil, ele passou por provas teóricas e práticas elaboradas pelo órgão.